Nos últimos anos, diversas marcas têm apresentado sua nova marca e sua identidade visual, mas a pergunta é: quando devo mudar o design da minha marca?
Mudar o design de uma marca é um processo que envolve diversos fatores, e a decisão de fazer um redesign deve ser baseada em uma análise cuidadosa dos objetivos e necessidades da empresa. Segundo um estudo realizado pela Siegel+Gale, empresa especializada em branding, 81% dos consumidores afirmam que o design de uma marca é um fator importante na decisão de compra.
Uma das principais razões para mudar o design de uma marca é a necessidade de reposicionamento da mesma diante do mercado. Isso pode ocorrer quando a empresa deseja expandir seus negócios ou atingir novos públicos-alvo. Nesses casos, é importante que a mudança seja bem planejada e que a nova identidade visual da marca esteja alinhada aos seus valores e objetivos.
Recentemente, algumas empresas começaram a mudar seus nomes para alcançar novos públicos. No entanto, isso é mais arriscado do que simplesmente mudar o design, pois o nome é o principal ativo da marca e a identifica no mercado. Mudar o nome pode gerar confusão e afetar a lembrança da marca pelos consumidores. A Pontofrio e a Multilaser foram duas empresas que passaram por essa mudança, alterando para Ponto e Multi, respectivamente, em uma estratégia de simplificação da marca para torná-la mais fácil de lembrar e pronunciar.
No entanto, é importante destacar que essa mudança não é isenta de riscos, pois pode levar algum tempo para que os consumidores se acostumem com o novo nome e façam a associação da nova marca à antiga. Além disso, pode haver resistência por parte de consumidores que já estavam acostumados com a marca anterior.
Outro fator que deve ser considerado é a mudança na cor da marca. Trocar a cor por um tom diferente pode ser arriscado, mas, com uma pesquisa cuidadosa e um reposicionamento adequado, pode ser muito eficaz, como aconteceu com a Airbnb, que mudou de azul para coral em 2014. A mudança implementada pela Airbnb foi essencial para o crescimento contínuo da empresa, tornando-a uma medida crucial.
Algumas empresas já consolidadas no mercado têm feito mudanças mais sutis, como a Nubank, que recentemente mudou sua identidade visual devido ao crescimento e à expansão dos serviços oferecidos. Mesmo assim, é possível reconhecer padrões deixados pela marca antiga.
Mesmo sendo uma empresa reconhecida em todo o mundo, algumas marcas optam por mudanças drásticas em seu redesign. É o caso da Nokia, que já foi líder no mercado de telefonia mundial e recentemente apresentou sua nova marca, juntamente com o reposicionamento da empresa. Agora, a Nokia deixou de ser uma empresa B2C para se tornar uma empresa B2B, fornecendo recursos de tecnologia para outras empresas.
No entanto, é fundamental ressaltar que mudanças envolvem riscos para a empresa, como mencionado anteriormente. Afinal, alterações podem afetar todos os aspectos da marca, desde a identidade visual, como cartões de visita e uniformes, até a estrutura física da empresa, como fachada e arquitetura da loja.
A Kia Motors é um desses exemplos que a mudança não foi bem sucedida. Ao lançar sua nova marca, a KIA enfrentou problemas de reconhecimento por parte dos consumidores. Cerca de 30% das pessoas não reconheceram a nova marca e, por isso, houve uma queda nas vendas dos automóveis da empresa. Além disso, a empresa precisou investir bastante dinheiro em publicidade e marketing para corrigir o problema e divulgar a nova marca para o público em geral. Os resultados de busca no Google também mostraram que muitos usuários pesquisaram pela marca como "KN" em vez de "KIA", o que evidencia a confusão gerada pelo lançamento da nova identidade visual.
Em resumo, a mudança na marca pode ser necessária para expandir seus negócios, mas deve ser cuidadosamente planejada e executada. É importante procurar um profissional qualificado para ajudar a identificar os melhores caminhos e minimizar possíveis danos à empresa.
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